domingo, 12 de outubro de 2008

Coisas para não se fazer antes de morrer

Hoje li a atual edição da Veja(sim, eu leio a Veja. taquem pedras *polêmico* huuhahua) e encontrei uma matéria deveras interessante ao meu ver. O nome desta, intitula esse post.
Achei divertido, mas algumas coisas eu realmente não estavam na minha lista imaginária de coisas para se fazer antes de morrer.
Bem, fiquem com a matéria.

Curtir a vida nunca exigiu tanto esforço. Desde que Dave Freeman e Neil
Teplica publicaram o livro Cem Coisas para Fazer Antes de Morrer, em 1999,
listas do tipo vêm criando um sem-fim de obrigações a ser cumpridas antes que
soe a hora final. Tem até uma lista dos cinqüenta peixes a ser pescados. Freeman
morreu em agosto, de acidente (aos 47 anos e tendo completado metade da lista),
mas legou a permanente sensação de que sempre falta fazer alguma coisa
importante. Para amenizarem a frustração, três livros recentes listam o que não
fazer antes de morrer. Os títulos, claro, não variam muito: 101 Coisas para Não
Fazer Antes de Morrer, do americano Robert Harris, Não Ligo a Mínima – 101
Coisas para Não Fazer Antes de Morrer, do inglês Richard Wilson, e Cai Fora! 103
Coisas para Não Fazer Antes de Morrer, do inglês Sam Jordison. "Eu, que ainda
não cheguei aos 40 anos, vi as listas do que fazer e tive a sensação de que
nunca iria conseguir. Primeiro fiquei meio deprimido. Depois percebi que era
ridículo e decidi livrar as pessoas desse tipo de opressão", brinca Jordison,
que é crítico literário do jornal The Guardian. Resumindo, não se mate se você
não conseguir:

Visitar o Taj Mahal — Conhecer o mausoléu transformado
em declaração póstuma de amor é item obrigatório dos viajantes aventureiros.
Atente-se para o fato de que o monumento é cercado de Índia por todos os lados:
o rio cheira mal, o calor é insuportável, mendigos imploram por trocados e,
acima de tudo, há turistas demais. Todos, sem exceção, tirando fotos que serão
versões pioradas das imagens dos cartões-postais e guias de turismo. "Eu estive
no Taj Mahal e acho que acontece o mesmo que com as pirâmides do Egito e com
Machu Picchu: já vimos tanto na televisão e em fotos que, ao vivo, não são tão
bonitos. Também dizem que é incrível mergulhar nas Maldivas, mas eu nem sei
nadar. E aposto que muitas daquelas cenas eu vi em Procurando Nemo", disse
Wilson a VEJA.

Conhecer vinho – Algumas pessoas nasceram no terreiro,
outras no terroir. É possível, com grande esforço, fazer a transposição de um
para o outro. Se não tiver jeito para a coisa, faça como todo mundo e escolha o
vinho pelo preço. Saiba que a lei da oferta e da procura funciona: os mais caros
são os melhores e os menos caros são os não tão bons.

Aprender outra língua – Grego antigo, alemão moderno, mandarim? Quem já fala no mínimo outros três
idiomas pode se dispensar da obrigação. A regra só não serve para mulheres
solteiras que querem usar o método de aprender italiano, na Itália, usando o
universal e comprovado método de namorar um local.

Ler Guerra e Paz – Ou Ulisses, ou a Ilíada. São
obras-primas da literatura, é verdade. Mas ninguém é obrigado a ler suas
centenas de páginas se não aproveitar de verdade. Em resumo: não acabe um livro
de que você não gosta. Leia outra coisa.

Completar uma maratona – Não basta
caminhar na esteira, correr no parque, gastar o calçadão? Para os obcecados por
saúde, quem nunca correu 42 quilômetros, como o soldado grego Feidípedes (que
morreu depois de completar o trajeto entre Maratona e Atenas), é um sedentário
comedor de pipoca na frente da televisão. Se der muita vontade, deite e espere
passar.

Pôr em prática o Kama Sutra – Ou fazer sexo na praia. Ou
no avião. Sexo é prazer, não competição. "Desde quando contorção corporal é
coisa erótica?", pergunta Jordison em seu livro. Sem o peso da obrigatoriedade,
quem sabe surjam umas idéias.

Assistir a Boca Juniors e River Plate no Bombonera, em Buenos Aires – Ou ao Fla-Flu no Maracanã, a Corinthians e
Palmeiras no Pacaembu (quando o Timão sair da segunda divisão). Quem torce por
algum dos times já foi. Quem não torce ficará impressionado por não mais que
quinze minutos. E ainda restarão 75 – de péssima comida e banheiros muito, muito
sujos.

Pular de pára-quedas – Ou fazer bungee jumping. Ou, radicalismo dos
radicalismos, praticar o "zorbing", assustadora modalidade em que o praticante é
colocado em uma bola gigante, muitas vezes cheia de água, que rola morro abaixo.
"Nunca tinha ouvido falar nisso até ler as listas do que fazer. Se você é
viciado em adrenalina, faz sentido. Eu sofri um acidente de carro e posso dizer
que a sensação é a mesma. Taquicardia, frio e tremedeira. É muito desagradável",
descreve Jordison.

Ir a uma praia de nudismo – Além de correr o risco de
sofrer queimaduras em áreas nunca dantes bronzeadas, você se sentirá inferior
diante de corpos mais bonitos ou constrangido por outros nem tanto. E passará o
dia sendo examinado por estranhos.

Ficar rico – Se não ficou até agora...

Nadar com golfinhos – Esta é a forma mais cara de entrar
em contato com a natureza que já inventaram.

Tentar aparecer na televisão – Segundo um dos autores,
você não gostaria de passar por um dos tolos que você na tevê querendo aparecer
na tevê, não?

Assistir a uma corrida de Formula 1 em Mônaco – Além de um
barulho infernal, os carros passam rápidos demais, não dá para saber quem está
em qual colocação, é impossível ver a maior parte da pista, o ar fica cheirando
a gasolina e os preços são extorsivos.

Tocar em um tigre – "Eu sigo três regras: se uma coisa
demanda muito tempo, muito dinheiro ou é perigosa demais, eu evito", disse o
produtor de televisão inglês Richard Wilson, autor de Não ligo a mínima - 101
coisas para não fazer antes de morrer.

Passar a virada do ano em Times Square, em NY – Entre
outras coisas faz muito frio, o tempo todo alguém faz uma piadinha sem graça,
todas as ruas em volta estão fechadas por causa da passagem das autoridades e
você percebe que ficou preso no meio de 500.000 pessoas. Depois de um bom tempo
de pé, você precisa de um banheiro.

Viagens pouco recomendadas: Pamplona, para participar da
corrida de touros; nadar no Canal da Mancha; ir à Ilha de Páscoa"Um amigo foi à
Ilha de Páscoa, que é realmente longe, principalmente para quem sai da Europa.
Lá, você vê as estátuas - que são realmente incríveis - , mas aí você percebe
que gastou apenas 10 minutos e agora está preso em uma ilha no meio do Oceano
Pacífico e não há nada mais para fazer. Meu amigo disse que viu muita gente
tentando adiantar o vôo porque havia feito reserva para ficar ali por mais uma
semana", contou Jordison.

Entrar no Guiness, garantir um lugar na história, conseguir que uma
espécie (ou uma estrela) seja registrada com o seu nome, ser totalmente sincero
com o seu cônjuge –
Todas coisas impossíveis de ser realizadas, pense
bem.

Comer (ou tomar) coisas esdrúxulas em recipientes
inadequados
– Por exemplo o peixe fugu (o baicu venenoso servido como
iguaria fina em sashimi no Japão), comer hákarl ("tubarão podre", prato da
Islândia), tomar champanhe num sapato de salto, tomar o caríssimo café Kopi
Luwak (as sementes são digeridas e excretadas por um espécie de gambá (da
Indonésia) antes de serem processadas.

Confesso que queria ficar rico, pôr em prática o Kama Sutra, conhecer todo o tipo de vinho e garantir meu nome na história, mas depois dessa... sosseguei XD.

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